sexta-feira, 8 de maio de 2009

VOCÊ SABE CONVERSAR?

Bom dia amigos do blog! Tenho tido problemas com as postagens ultimamente, então hoje pra ver se funciona vou postar apenas um texto interessante recebido por e-mail, ao menos se der pau, não terei perdido tempo e trabalho com o post. hehehehe.

Você sabe conversar?

Porque algumas pessoas são bem-sucedidas profissional, social e amorosamente, enquanto outras têm muitas dificuldades nestas áreas? Certamente existem muitos motivos para isso. Vamos falar de um deles: a habilidade para conversar. Através da conversa podemos produzir tremendos benefícios ou malefícios para o parceiro.

É difícil desconsiderar a importância da conversa para o sucesso de um relacionamento amoroso. Ela é importante para atrair, cativar, conquistar, desenvolver e manter este tipo de relacionamento. A satisfação em um relacionamento é fortemente determinada pelo que as pessoas dizem ou deixam de dizer para a outra e sobre a outra.

Vamos examinar agora alguns dos principais ingredientes de uma boa conversa.

A POLIDEZ

A polidez consiste em dizer as coisas de uma maneira gentil e delicada. Tudo pode ser dito, dependendo da maneira como é dito. O ser humano é muito melindroso, sensível e delicado em relação à forma como os outros se dirigem a ele. Dizer as coisas da forma certa pode ser tão ou mais importante do que aquilo que está sendo dito.

A polidez diz respeito às palavras que são usadas, à contextualização que é criada para emoldurar uma declaração e à comunicação não-verbal que acompanha o que é dito (tom de voz suave ou ríspido, cara sorridente ou de escárnio). Imagine, por exemplo, os diferentes efeitos na sensibilidade de quem recebe os seguintes pedidos ou ordens: "Abra a janela." "Você se incomodaria de abrir a janela?" e "Está quente aqui, não é? A janela está fechada."

O objetivo destes pedidos e ordens é abrir a janela. Atingir tal objetivo pode ser tentado de uma forma rude e impositiva ou de uma forma delicada. Uma grande parte dos problemas de relacionamento acontece devido à forma como as pessoas se tratam. Um relacionamento amoroso pode ir em frente ou fracassar devido à polidez ou falta de polidez entre o casal.

Comunicação não-verbal que indica atenção e envolvimento

Através da comunicação não-verbal emitimos e captamos mensagens que indicam o grau de envolvimento, a animação, a veracidade, a simpatia e as emoções em relação ao que está sendo dito.

Sinais de atenção e envolvimento. O falante e o ouvinte que estão atentos e envolvidos com uma conversa apresentam pelo menos alguns dos seguintes tipos de comunicação não-verbal: frente do corpo orientada na direção do interlocutor distância apropriada para conversar leve inclinação do tronco na direção do interlocutor (quando sentados) ausência de obstáculos físicos ou corporais entre os interlocutores olhares são dirigidos para o outro uma boa parte do tempo as tarefas são explicitamente deixadas de lado para mostrar dedicação total à conversa e anuir freqüentemente com a cabeça.

O OUVINTE ATIVO

Quem ouve ativamente adota a comunicação não-verbal de atenção e interesse descrita acima, reage ao que está sendo dito, apresenta sinais que quer continuar a ouvir, mostra afetação pelo que está sendo dito, contribui para a continuidade da conversa. O ouvinte ativo faz questão de entender, não se mostra ansioso para tomar a palavra e não se apressa em concordar ou discordar. Ser ouvido desta forma é muito motivador, prazeroso e benéfico. É muito bom quando o outro oferece espaço e interesse para expressarmos os nossos sentimentos e o nosso ponto de vista.

FALAR NA DOSE CERTA

Saber quanto falar é importante para o sucesso da conversa. A "dose certa" varia com as circunstâncias. Uma regra "cega" para evitar falar demais é manter a palavra por no máximo cinco minutos. Melhor que esta regra é falar de acordo com as motivações de ambas em cada momento. Neste caso, os interlocutores têm que ser capazes de emitir e ler os sinais que indicam os seus interesses em manter seus respectivos papéis de ouvinte e falante. Uma terceira estratégia, muito boa para calibrar quanto se fala, é propor os temas de uma forma resumida e só os desenvolver à medida em que o outro vai manifestando interesse. A técnica das informações gratuitas, que apresentaremos abaixo, é um tipo de aplicação desta estratégia.

CONVERSA-CONTATO

A conversa-contato é aquela conversa leve, não comprometedora e relativamente impessoal, que as pessoas muitas vezes desenvolvem assim que se encontram: "Está quente hoje, não é?".

Muita gente acha bobagem falar sobre estes temas superficiais e querem ir direto para coisas mais importantes. No entanto, é um erro pensar assim. As conversas-contatos possuem diversas funções muito importantes. Elas indicam que uma pessoa fez questão de falar com a outra, mesmo quando não tinha algo muito importante para dizer. Por este motivo, este tipo de conversa ajuda a reforçar os vínculos. Além disso, ela mantém as pessoas conectadas enquanto cada uma sonda se a outra está disponível e disposta a conversar e quais são os assuntos.

Os assuntos abordados na conversa-contato geralmente são os seguintes: (1) aquilo que pode ser percebido pelos interlocutores no ambiente presente ("A festa está animada, não é?") ou aquilo que aconteceu momentos antes ("Pegou muito trânsito?") (2) se tem amigos ou histórias em comum (3) os fatos (jogar um assunto isca para ver se o outro pega). Falar sobre fatos é mais seguro porque há pouco risco de ofender ou entrar em conflito e (4) coisas divertidas.

Fornecer e aproveitar informações gratuitas: os segredo das conversas envolventes

Tive um paciente muito tímido que achava que para conversar bem era necessário fazer cursos de música popular, viajar, assistir novelas etc. Assim ele teria assunto. Tudo isto certamente ajuda. No entanto, saber fornecer e aproveitar informações gratuitas é o verdadeiro segredo das boas conversas informais.

Uma informação gratuita é aquela que é fornecida sem que tenha sido solicitada. Por exemplo: quando você pergunta para uma pessoa onde ela mora e ela dá o endereço (informação solicitada) e acrescenta que gosta muito daquele local e a sua família mora no mesmo bairro, ela apresenta duas novas informações gratuitamente. Geralmente quem apresenta a informação gratuita tem interesse em conversar sobre ela. O fornecimento e o aproveitamento das informações gratuitas também indicam o interesse em conversar.

Usos da conversa-contato e de informações gratuitas para encontrar assuntos interessantes para conversar

Eduardo e Cecília acabaram de ser apresentados. Eles estão em uma festa que está sendo oferecida por Carlos. Este amigo apresentou-os dizendo apenas o nome de cada um e afastou-se para atender outros convidados. Para facilitar a conversa e intensificar a intimidade, eles começam a usar a conversa-contato (CC) e a técnica de fornecer e aproveitar informações gratuitas (IG). Vamos examinar um trecho de seus diálogos para ver como eles estão fazendo isso.

Eduardo: - Bela festa, não? [CC]

Cecília: - Muito bonita. De onde você conhece o Carlos? [CC]

Eduardo: - Fizemos faculdade de Sociologia juntos. Começamos a faculdade na mesma turma, mas eu me formei um ano depois [fornece IG].

Cecília: - Ah! Acho muito interessante a Sociologia [fornece IG]. Então você demorou mais tempo para se formar [usa a IG de Eduardo].

Eduardo: - Sim eu comecei a trabalhar durante a faculdade e por isso tive que parcelar o curso [fornece Igs]. Qual é o seu interesse em Sociologia? [usa IG de Cecília]

Cecília: - Eu sou uma socióloga frustrada (fornece IG). No que você começou a trabalhar?[usa IG de Eduardo]

O tema desta conversa é pessoal. Eles estão descobrindo que têm algo em comum, a sociologia e, na medida em que vão revelando informações pessoais e que estas estão sendo bem recebidas e usadas pelo outro para continuar o diálogo, sentem-se aceitos e "entrosados". Desta forma, estão começando a firmar uma boa atitude mútua.

MATADORES DE CONVERSA

Algumas pessoas desestimulam qualquer conversa. Algumas das principais maneiras de fazer isso são as seguintes: Não estimular o outro a falar sobre nada: não reagir não mostrar interesse em nada que o outro está dizendo interromper e mudar de assunto repetidamente só falar dos seus assuntos apontar o lado negativo de tudo dar uma de doutor sabe-tudo não levar a sério nada do que o outro diz (o galhofeiro) ser indiscreto (por exemplo, perguntar de cara quanto o parceiro ganha ou se suas intenções são sérias) ou ser discreto demais (não revelar nunca sua posição sobre os assuntos que estão sendo abordados).

Você é bom de papo? A sua maneira de conversar está de acordo com as observações acima? Peça a opinião de um amigo sobre a sua forma de conversar. Procure aperfeiçoar as suas percepções e habilidades nesta área. Vale a pena!

2 comentários:

Leandro Capóia disse...

Cara, muito interessante o texto, hahahahaah!!

Porém matadores de conversa nao existem...hahahaha, Um bom exemplo disso esta na conversa abaixo, usando A e B de exemplo.

A - Oi, qual seu nome?
B - é B!
A - Legal, vc eh deonde?
B - Daqui!
A - Mora Onde?
B - Aqui.
A - Gosta de Sorvete?
B - SIM
A - e de chocolate?
B - tbm.
A - Vamos fazer algo?
B - Nao sei.
A - O que vc quer fazer?
B - Sei lá.
A - Vamo nna sorveteria?
B - Pode ser.
A - Vc prefere sorve de creme ou morando?
B - Qualquer um
A - Quer uma coca cola pra tomar junto?
B - Nao!
termina o sorvete
A - Quer fazer mais alguma coisa ou ir pra casa?
B - pra casa
A - Posso entrar ?
B - vc q sabe
e poraih vai cara...eu iria ateh amanha aqui e nunca terminaria a conversa. Na verdade nao existe quem mata conversa, existe quem nao sabe dar sequencia na mesma!

hahahahahahahaha!!!

André Luiz Capóia disse...

Muito bom post. É de boa ajuda para aqueles que tem dificuldade em se expressar ou de conhecer gente nova.